Amêijoa-japonesa

Amêijoa-japónica, Ruditapes philippinarum

Como se identifica?

Concha sólida, com forma oval, uma coloração branca, creme, cinzenta, tendo por vezes com tons acastanhados e padrões variados. Na idade adulta, o tamanho varia geralmente entre os 2,5 e os 5,7 cm, podendo atingir um máximo de 8 cm.

Com que outras espécies se pode confundir?

Com a amêijoa-boa (Ruditapes decussatus), que tem uma textura da concha menos pronunciadas e não apresenta os sifões fundidos como a amêijoa-japonesa. Com a amêijoa-macha (Venerupis corrugata), que tem cujo sulco interno da concha pode atingir até metade do comprimento da mesma, enquanto na amêijoa-japonesa é mais curto.

Como chegou cá?

A amêijoa-japonesa foi introduzida em Portugal nos anos 80, com o objetivo de ser produzida para alimentação na Ria Formosa (Algarve). Dispersou-se através da sua introdução intencional nos estuários do Mondego, Tejo e Sado, Ria de Aveiro e nas lagoas costeiras de Óbidos e Albufeira. É atualmente uma das espécies de bivalves dominantes em alguns destes sistemas costeiros. A apanha e comercialização desta espécie têm originado problemas relacionados com o incumprimento da regulamentação vigente e com riscos para a saúde pública.

Onde vive?

Enterrada nos sedimentos de areia e vasa no estuário do Tejo, junto à Ponte Vasco da Gama

e baías do Barreiro, Montijo e Seixal.

Que impactos tem?

A sua introdução coincidiu com uma diminuição significativa da amêijoa-boa, possivelmente por ocuparem o mesmo tipo de habitat e poderem competir por espaço e alimento. Tem um impacto económico positivo pois a sua apanha e comercialização gera rendimentos consideráveis para as populações locais.

Como é usada?

Para consumo humano. No estuário do Tejo, havia cerca de 1700 apanhadores em 2014, com uma média de 10 000 toneladas de amêijoa capturada por ano.

De onde veio?

Da região do Oceano Pacífico (Filipinas, China, Japão, Taiwan).

Riscos para a saúde

Como todos os bivalves, representa um risco para a saúde humana quando consumido com elevada contaminação microbiológica, contaminação com metais e com biotoxinas.

 

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